No competitivo universo da comunicação, a busca por uma mensagem que não apenas alcance, mas que verdadeiramente ressoe com o público, é o Santo Graal das marcas e criadores de conteúdo. Nesse cenário, surge a dúvida: basta uma “Big Idea” genial para garantir uma comunicação assertiva ou a definição de arquétipos é um passo igualmente crucial? A resposta, segundo especialistas em marketing e branding, reside na poderosa sinergia entre os dois conceitos. Ter uma Big Idea é fundamental, mas aliá-la a um arquétipo bem definido é o que eleva a comunicação a um patamar de máxima assertividade e conexão emocional.
A Big Idea é o conceito central, a grande ideia que serve como espinha dorsal para todas as ações de comunicação de uma marca. É a mensagem única e memorável que diferencia um produto, serviço ou causa no mercado. Pense na campanha “Real Beleza” da Dove, que desafiou os padrões estéticos tradicionais. A Big Idea, nesse caso, foi a celebração da diversidade da beleza feminina, uma mensagem poderosa e que gerou conversas em todo o mundo.
No entanto, a Big Idea, por mais brilhante que seja, pode se tornar ainda mais potente quando associada a um arquétipo. Arquétipos, conceitos originados na psicologia analítica de Carl Jung, são modelos universais de personalidades e comportamentos que habitam o inconsciente coletivo. No marketing, eles são utilizados para construir a personalidade da marca, tornando-a mais humana, reconhecível e fácil de se conectar.
Ao definir um arquétipo para uma marca — seja o Herói, o Sábio, o Fora da Lei, o Amante, entre outros —, a comunicação ganha um guia claro de tom de voz, estilo visual e comportamento. Isso garante consistência e profundidade em todas as interações com o público.
A Relação de Interdependência para uma Comunicação Assertiva
A combinação da Big Idea com os arquétipos funciona da seguinte maneira:
- A Big Idea é o “o quê”: É a mensagem principal, a promessa da marca.
- O Arquétipo é o “quem” e o “como”: É a personalidade que entrega essa mensagem, definindo o tom e a maneira como a marca se expressa.
Voltando ao exemplo da Dove, a Big Idea da “Real Beleza” é personificada pelo arquétipo do Inocente e do Cuidador. O Inocente busca a felicidade em um mundo simples e honesto, enquanto o Cuidador se preocupa genuinamente com o bem-estar dos outros. Essa combinação arquetípica permitiu que a Dove comunicasse sua Big Idea de forma autêntica e empática, gerando uma conexão emocional profunda com seu público.
Vantagens da Utilização Conjunta:
- Consistência e Coerência: A definição de um arquétipo garante que a Big Idea seja comunicada de forma consistente em todos os pontos de contato com o consumidor, desde um post em rede social até uma grande campanha publicitária.
- Conexão Emocional Profunda: Os arquétipos ativam gatilhos emocionais no público, que se identifica com a personalidade da marca em um nível subconsciente. Isso gera lealdade e um relacionamento mais duradouro.
- Diferenciação no Mercado: Em um mercado saturado, ter uma personalidade de marca clara e bem definida, guiada por um arquétipo, ajuda a se destacar da concorrência.
- Guia para a Criação: Para as equipes de marketing e criação, o arquétipo serve como um farol, orientando a produção de conteúdo e garantindo que tudo esteja alinhado com a essência da marca.
Em suma, embora uma Big Idea possa ser o ponto de partida para uma comunicação de sucesso, é a sua fusão com um arquétipo bem definido que garante a máxima assertividade. Enquanto a Big Idea atrai a atenção, o arquétipo constrói o relacionamento. Juntos, eles formam uma dupla imbatível para criar uma comunicação que não só informa, mas que também encanta, engaja e, acima de tudo, persuade.